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Niassa inicia produção de cimento em Novembro de 2018

Data: 15/11/2017
Niassa inicia produção de cimento em Novembro de 2018

A Província do Niassa poderá iniciar a produção de cimento Portland a partir de Novembro de 2018, com o final das obras da fábrica deste importante material de construção civil, em Outubro do mesmo ano.

No dia dez(10) de Outubro arrancaram as obras de implantação da indústria em Chimbunila, num acto marcado pelo lançamento da primeira pedra pelo governador da província, Arlindo Chilundo.

O empreendimento está avaliado em 20 milhões de dólares norte-americanos e terá a capacidade de produção de 200 mil toneladas de cimento Portland por ano. Trata-se de um cimento considerado de alta qualidade, resultante da mistura de 80 por cento de calcário e 20 por cento de argila, além de areia e minério de ferro, como correctivos.

Niassa possui enormes jazigos de calcário considerado de alta qualidade para responder a este empreendimento. Na ocasião, Chilundo disse que a fabrica de cimento é o primeiro bebé a nascer naquele território, por isso deve ser acarinhado por todos para impulsionar outras infra-estruturas, tendo avançado que tudo quanto planejado pelo Estado moçambicano é possível realizar graças à paz.

O governante fez saber que o Programa Quinquenal do Governo, ora em execução, já tinha linhas claras sobre aquilo que devia ser feito no país, incluindo no Niassa, sobre a industrialização, daí que depois de priorizar as vias de acesso, nomeadamente a reabilitação da linha férrea e reintrodução dos comboios de passageiros e carga para Lichinga, bem como o arranque das obras da estrada Lichinga-Cuamba, chegou-se à fase de avançar com indústrias.

“Com o arranque das obras da fábrica de cimento, estamos a mostrar que, com os recursos naturais que Niassa tem, pode transformá-los em todas suas cadeias de valores e levar  o produto final para o resto do mundo”, referiu, salientando que o cimento desta futura fábrica vai ajudar a população do Niassa a construir casas convencionais a preço barato, vias de acesso e na melhoria das condições de vida da população.

“Não gostaríamos de ouvir casos de sabotagem ou qualquer outra forma que contribua negativamente para o sucesso das obras. Aliás, gostaríamos que dentro de um ano voltemos a este local para celebrarmos esta conquista, não só, mas também queremos encorajar ao empreiteiro para assegurar uma obra de qualidade, que respeite o tempo das obras, estimado em cerca de um ano, com vista a garantir que dentro do prazo estabelecido os niassenses passem a adquirir cimento localmente”, apelou o dirigente.

De acordo com o representante da Fábrica de Cimento do Niassa, Liu Zhong Yu, da Câmara Chinesa de Cabo Delgado, a produção deverá abastecer inicialmente a província de Cabo Delgado, bem como a de Tete e o vizinho Malawi, por meio da linha ferroviária e não só, a fonte aclarou que toda matéria-prima necessária para o fabrico de cimento naquela indústria será originária da Província do Niassa.

“O projecto vai empregar mais de 500 trabalhadores, na sua maioria mão-de-obra local”, garantiu.

Na ocasião, o administrador de Chimbunila, Eduardo Assane Ali, frisou que a unidade fabril deve ser encarada como um empreendimento afável, por ela constituir elementocatalisador do desenvolvimento, principalmente das infra-estruturas sociais públicas e singulares.

Entretanto, Inocêncio Sotomane, presidente da CTA no Niassa, defendeu que estão criadas todas as condições para que a província tenha melhores infra-estruturas sociais e privadas, tendo realçado que o preço do cimento será mais baixo do que o praticado actualmente no Mercado local.

Actualmente o preço do saco de cimento de 50 quilogramas em Lichinga tem sido um dos mais altos do país, estando acima dos 500 meticais.