Chimbunila pede posto de cobrança da EDM

Data: 21/11/2017
Chimbunila pede posto de cobrança da EDM

OS residentes do distrito de Chimbunila, no Niassa, gastam todos os meses 60,00 meticais de transporte, ida e volta, para se deslocarem à cidade de Lichinga a fim de procederem ao pagamento do consumo da energia eléctrica, sendo por isso que pedem a quem de direito para a instalação de um posto de cobrança mais perto da população.

O distrito de Chimbunila localiza-se a pouco mais de 25 quilómetros de Lichinga e todos os consumidores de energia nesta unidade territorial pagam as suas contas de energia nos postos de cobrança da cidade.

O pedido da população de Chimbunila foi feito num comício orientado há dias pelo governador Arlindo Chilundo na vila-sede daquele distrito da província do Niassa. Fabião Ussene, um dos cinco indivíduos que falou no comício, disse que alguns consumidores com poucas posses chegam a deslocar-se duas ou mais vezes à cidade de Lichinga para pagar pequenas parcelas de energia, fazendo com que o valor gasto com o transporte seja superior ao da energia consumida.

Chimbunila é uma espécie de vila satélite da cidade de Lichinga, com os seus funcionários a trabalharem num ou noutro lado.

De referir que apesar do custo do material de construção ser alto, devido às degradadas vias de acesso entre Nampula e Niassa, ao longo da estrada pode-se ver grandes construções, prevendo-se que num futuro muito próximo a vila de Chimbunila e a capital provincial serão uma única cidade.

Na sua primeira visita a um distrito desde que assumiu funções como governador do Niassa, Arlindo Chilundo disse que a denúncia popular era legítima, tendo considerado a posição da EDM de “extremamente penalizadora” para quem precisa de energia para se desenvolver.

Prometeu, na ocasião, conversar com a Direcção da EDM no sentido de encontrar uma solução imediata e duradoira, mesmo que essa passe por colocar em Chimbunila um contentor para servir de posto (provisório) de cobrança.

“Não queremos que a população de Chimbunila continue a gastar dinheiro desnecessariamente por se deslocar a Lichinga para efectuar o pagamento da energia que consome”, observou Chilundo, para quem os 60,00 meticais que cada consumidor gasta por viagem fazem grande diferença e há quem precisa de se esforçar para consegui-los. 

Outras questões apresentadas pelos intervenientes no comício popular têm a ver com a falta de água potável, pois a população local recorre à agua dos rios, para além da falta de casas para funcionários, o que faz com que estes continuem a viver na cidade de Lichinga.

Com pouco mais de 55 mil habitantes, Chimbunila tem um potencial em agricultura, sendo os feijões, milho, batata-reno, batata-doce e soja as culturas mais praticadas. Aliás, durante visita a uma feira agrícola no povoado da OUA o governador Arlindo Chilundo testemunhou quão férteis são os solos de Chimbunila, depois de os produtores terem exibido grande variedade de produtos agrícolas.